domingo, 6 de setembro de 2009

Sobre STONEHENGE - a pedra


STONEHENGE
Obra dos primitivos povos britânicos, Stonehenge é um exemplo clássico das civilizações megalíticas. Os cientistas afirmam que Stonehenge foi construído entre os anos 2800 e 1100 a . C., em três fases separadas: 1ª Fase : (Morro Circular), que conhecemos como o círculo externo de Stonehenge e dos três círculos de buracos, cinqüenta e seis ao todo, que cercam o monumento.
As quatro "pedras de estação" que se supõe terem sido utilizadas como um Observatório Astronômico, o objetivo aparente seria observar o nascer e o por do Sol e da Lua, visando elaborar um calendário de estações do ano. 2ª Fase : que iniciou em 2100 a.C., houve a construção do duplo círculo de pedras, em posição vertical no centro do monumento, bem como da larga avenida que leva a Stonehenge e da margem externa das planícies cobertas de grama que o rodeiam.
Na Terceira e última fase, o duplo círculo de pedras foi separado e reconstruído, sendo erguidos muitos dos trílitos.
Ao meditar sobre os mistérios de Stonehenge, vale lembrar que, naquela época, diferentes tribos e autoridades contribuíram para a construção de Stonehenge. Cada um pode ter tido objetivos diferentes para construir o monumento.
Os saxões chamavam ao grupo de pedras eretas "Stonehenge" ou "Hanging Stones" (pedras suspensas), enquanto que os escritores medievais se lhes referem como "Dança de Gigantes".
Novos construtores edificaram uma avenida de monólitos que ligava Stonehenge ao rio Avalon a cerca de 3,2 Km de distância. Stonehenge sobreviveu e a sua magia nunca desapareceu. Atribui-se ao mago Merlim o levantamento das pedras, enquanto que a população local acreditou por muitos anos que as pedras tinham poder curativo que, quando transferidos para a água, conseguiam curar todo o tipo de doenças.
Durante séculos, Stonehenge foi cenário de reuniões de camponeses e nos últimos 90 anos os "Druidas" modernos celebraram aqui o solstício de Verão. Durante aproximadamente 20 anos, milhares de pessoas se reuniam no local todos os meses de junho para assistirem ao festival que aí tem lugar. Mas em 1985 as autoridades proibiram tanto a vinda dos Druidas como o festival em si, receosas de que as pedras, assim como a paisagem circundante, possam ser danificadas.
Os arqueólogos, no entanto, ainda consideram a hipótese de uma construção religiosa...
Acredita-se que Stonehenge e outros sítios megalíticos tenham sido construídos pelos antepassados dos Druidas deste milênio, por acreditarem que fossem lugares de grande força para concretizarem seus rituais ao invés de templos fechados eles reuniam-se nos círculos de pedra, como se vêem nas ruínas de Stonehenge, Avebury, Silbury Hill e outros.
A datação pelo carbono-14 mostra que aquelas construções são anteriores à fase clássica do Druidismo. Isto é verdade pois foram construídos logo depois da chegada dos Atlantes. Na realidade foram construídos, e ainda existem centenas de círculos de pedra especialmente na Bretanha e na Escócia.
Do grego: mega = grande, lithós = pedra, de modo que megálitos são grandes monumentos de pedra. Eles podem representar linhas fechadas (circulares, elípticas, ovóides,) alinhamentos retilíneos, ou empilhamentos como as pirâmides egípcias, chinesas e centro-americanas. Eles estão espalhados pelo mundo inteiro: Europa, China, América do Norte e Norte da África sendo os locais mais importantes.
Dentre os megálitos, os mais famosos são a Grande Pirâmide de Khufu e Stonehenge.
Tanto sobre a pirâmide de Khufu como sobre Stonehenge foram escritos milhares de livros. Isso não é por acaso. A maioria dos historiadores da Antiguidade diria que esses monumentos estão entre as maravilhas do Mundo Antigo.
Stonehenge é um megálito formado por círculos concêntricos de pedras (algumas com 45 toneladas e 5 metros de altura), construído na planície de Salisbury, na Grã Bretanha.
Existe evidência arqueológica que nos permite afirmar que havia atividade humana no local há mais de 10 000 anos. Contudo, o megálito propriamente dito só foi iniciado em 2 100 a.C. tendo sido construído em três etapas, entre 2 100 a.C. e 1600 a.C.
Para ter uma idéia mais clara de seu plano arquitetônico.
Não se sabe quem construiu Stonehenge, a teoria popular diz que teriam sido os druídas, mas está hoje refutada, pois o monumento foi concluído 1 000 anos antes de os druídas tomarem o poder. Contudo, os arqueólogos notaram a quase total ausência de lixo no local e isso é indicador de que o local era solo sagrado.
Stonehenge (em Salisbury, sudoeste da Inglaterra) também é palco dos misteriosos Círculos Ingleses.
Alguns pesquisadores passaram a tentar encontrar algumas explicações naturais para desvendar o mistério dos Círculos Ingleses, como fenômenos climáticos inusitados, casualidades meteorológicas e outras hipóteses mais complexas. Esses desenhos (círculos ingleses) costumam aparecer freqüentemente em plantações de trigo, soja, cevada e milho. E esses cereais afetados chegam a se desenvolver muito mais rápido (cerca de 40% mais rápido) no interior dos desenhos do que aqueles mais próximos das bordas.
Em quase toda a sua totalidade esses desenhos surgem durante a noite, no meio do silêncio e da escuridão nos campos de cereais e pessoas que acampam nos locais de maior incidência, na expectativa de registrar uma dessas figuras se formando acabam se frustando por passar a noite em claro sem conseguir testemunhar nenhuma luz ou som diferente e em algumas vezes acabam se surpreendendo ao ver com o clarear do dia que a poucos metros de onde estavam acampados que ali apareceu um desenho, misteriosamente como se tivesse sido feito por algum tipo de energia invisível ao olho humano.
Existem diversos pesquisadores tentando interpretar o significado dessas figuras, alguns ligando os desenhos aos símbolos matemáticos, outros associandos aos sistemas astronômicos, além de compará-los à simbologia de civilizações antigas, como Persas, Druidas, Romanos, Celtas, Egípcios.
Segundo pesquisadores, esses desenhos (círculos ingleses), devido a sua complexidade, seriam impossíveis de serem feitos pelas mãos humanas. A maior quantidade dos Círculos costumam aparecer em plantações localizadas ao redor do local onde esta erguido o monumento de Stonehenge e outros sítios arqueológicos importantes como Avebury e Silbury Hill.
Importância de Stonehenge para a História da Matemática
A maior parte dos historiadores que estudaram Stonehenge afirma que o mesmo era usado como uma calculadora de pedra, um verdadeiro computador megalítico com o objetivo de prever o nascimento do Sol e da Lua no solstício e no equinócio. Contudo, existem historiadores que não aceitam os argumentos e dados associados e apresentam outras explicações para a construção desse monumento.


Frases de grandes pensadores e arquitetos-urbanistas.

"A mente que se abre a uma nova idéia, jamais voltará ao seu tamanho original." Albert Einstein

"Um lugar onde a arquitetura termina e o mundo da imaginação começa." Aldo Rossi sobre sua obra o Teatro do Mundo, em Veneza.

"Quanto mais eu vivo, mais bonita a vida se torna." Frank Lloyd Wright

"Pela liberdade da criação estou disposto a fazer o que for possível." Santiago Calatrava

"Não pode existir harmonia urbana ou melhoria ambiental real sem paz e garantia da aplicação dos direitos humanos básicos." Richard Rogers

"Os edifícios podem tocar pessoas." Norman Foster

"Além de sua sustentabilidade e de sua inteligência, a arquitetura deve ser uma fábrica de emoções." Renzo Piano

"O luxo na arquitetura não é diferente do luxo na vida. Luxo é não ter regras, é poder mudar seus planos a qualquer momento." Isay Weinfel

"Acredito que as coisas podem ser feitas de outra maneira, que a arquitetura pode mudar a vida das pessoas e que vale a pena tentar." Zaha Hadid

"A arquitetura é música petrificada." Daniel Libeskind

"Não quero dizer que esse modelo seja melhor, mas é nesse que nós estamos evoluindo." João Filgueiras Lima Lelé

sábado, 5 de setembro de 2009

Vitrúvius - O arquiteto da Antiguidade - Roma




Marcos Vitrúvio Polião, em latim Marcus Vitruvius Pollio, foi um arquiteto e engenheiro romano que viveu no século I a. C. e deixou como legado a sua obra em 10 volumes, aos quais deu o nome de De Architectura (aprox. 40 a.C.) que constitui o único tratado europeu do período grego-romano que chegou aos nossos dias e serviu de fonte de inspiração aos diversos textos sobre construções, hidráulicas, hidrológicas e arquitetônicas desde a época do Renascimento.
Os seus padrões de proporções e os seus princípios arquiteturais: utilitas, venustas e firmitas (utilidade, beleza e solidez), inauguraram a base da Arquitetura Clássica.
Atualmente há mais de 80 manuscritos conhecidos sobre o “Da Arquitetura”, porém, pouquíssimos apresentam as ilustrações originais executadas pelo próprio Vitrúvio, sendo que mesmo quando estas estão presentes, restam dúvidas quanto à sua fidelidade relativamente às originais.
A principal evidência da influência dos textos de Vitrúvio durante a Idade Média são as igrejas, construídas seguindo muitos princípios descritos pelo autor, que nunca descreveu igrejas especificamente, mas Templos e Basílicas, nos quais os arquitetos medievais podiam ter-se, eventualmente, baseado.
Um importante fato que ajudou no processo de “esquecimento” da obra de Vitrúvio durante a Idade Média foi a falta de formação acadêmica dos arquitetos, pois a arquitetura era classificada como uma espécie de artesanato, que deveria ser aprendida através da prática com arquitetos experientes.
Uma outra possível explicação para a quase inexistência de evidências da influência de Vitrúvio na Idade Média é o fato de que, com o período da Arquitetura Gótica, Vitrúvio poderia ter sido deixado de ser uma referência, pois não apresenta referências, no seu “Da Arquitetura”, a respeito de abóbadas ou arcos, literais características do período Gótico.
Provavelmente, a mais importante influência deixada por Vitrúvio para a Idade Média é o estudo e a descrição da Arquitetura.

Arquitetura Neolítica - as primeiras construções da humanidade.


Pré-História
Arquitetura Neolítica

Durante a pré-história surgem os primeiros monumentos e o homem começa a dominar a técnica de trabalhar a pedra.
O abrigo, como sendo a construção predominante nas sociedades primitivas, será o elemento principal da organização espacial de diversos povos. Este tipo de construção ainda pode ser observado em sociedades não totalmente integradas na civilização ocidental, como os povos ameríndios, africanos, aborígenes, entre outros.
A presença do abrigo no inconsciente coletivo destes povos é tão forte que ela marcará a cultura de diversas sociedades posteriores: vários teóricos da arquitetura, em momentos diversos da história (Vitrúvio, na Antiguidade, Alberti, na Renascença, Joseph Rykwert, mais recentemente) evocarão o mito da cabana primitiva. Este mito, variando de acordo com a fonte, prega que o ser humano recebeu dos deuses a Sabedoria para a construção de seu abrigo, configurado como uma construção de madeira composta por quatro paredes e um telhado de duas águas.
À medida que as comunidades humanas evoluíam e aumentavam, acometidas pelas ameaças bélicas constantes, a primeira modalidade arquitetônica a se desenvolver foi essencialmente a militar. A humanidade confrontava-se com um mundo povoado deuses vivos, gênios e demônios: um mundo que ainda não conhecia nenhuma objetividade científica. O modo como os indivíduos lidavam com a transformação de seu ambiente imediato era então bastante influenciado pelas suas crenças.
Muitos aspectos da vida cotidiana estavam baseados no respeito ou na adoração ao Divino e ao sobrenatural. O poder divino, portanto, equiparava-se (ou mesmo superava) ao poder secular, fazendo com que os principais edifícios das cidades fossem os Palácios e os Templos. Esta importância fazia com que a figura do arquiteto estivesse associada aos sacerdotes (como no Antigo Egito) ou aos próprios governantes e a execução dos edifícios era acompanhada por diversos rituais que simbolizavam o contato do Homem com o Divino.
As cidades marcavam uma interrupção da natureza selvagem, consideradas o espaço sagrado em meio natural. Da mesma forma, os templos dentro das cidades marcavam a morada dos deuses em meio ao ambiente humano. As necessidades de infra-estrutura daquelas primeiras cidades também tornaram necessário o progresso técnico das obras de engenharia.